Saiba mais sobre esta dica

Em tempos de reforma da previdência pública, uma das alternativas mais interessantes para garantir o dinheiro da aposentadoria na velhice é a Previdência Privada. Porém este pode ser um assunto complexo para alguns e então achamos necessário falar um pouco mais sobre o sistema de captação pessoal.

Neste artigo você saberá um pouco mais sobre o que é Previdência Privada, quais são as variações, como ela funciona, qual a melhor opção e outros temas bem importantes para que você possa decidir se realmente vale ou não a pena para a sua situação financeira.

O que é a Previdência Privada?

Desde os anos 2000 para frente a Previdência Privada acabou ficando cada vez mais conhecida e tomando proporções gigantescas, pois foi um período em que muitos investidores e trabalhadores começaram a duvidar da integridade do INSS e se realmente será uma boa opção depender do governo na velhice.

A previdência privada conta com características distintas, onde acabam sendo regulados pela SUSEP como seguros, mas que a forma como o dinheiro é aplicado é semelhante aos fundos de investimentos, possuindo taxas administrativas, necessidade de gestores, carteiras de ativos e outros itens típicos de fundos do mercado financeiro.

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Mas com a qualidade de “seguro” a previdência tem uma tributação específica, justamente para garantir a integridade dos valores no caso do falecimento do titular, onde o patrimônio conta com suas particularidades ao ser transferido para os herdeiros.

[alert color=”yellow”]Quando você resolve adquirir uma previdência privada, ela é comercializada nos bancos nacionais através do departamento de seguros. [/alert]

Teoricamente é um produto onde o capital funciona através de um fundo de investimento. Já na prática a PP acaba sendo um dinheiro aplicado para ser resgatado no futuro, seja integralmente, através de parcelas maiores recebidas por um tempo pré estabelecido ou de forma constante, porém em valores mensais menores.

Quais são os tipos de Previdência Privada existentes?

A previdência privada conta com praticamente duas opções: PGBL e a VGBL (a mais comum). As diferenças entre elas são poucas, mas é preciso sempre levar em consideração os detalhes para saber qual será a mais vantajosa com o seu objetivo durante a aposentadoria.

O PGBL e o VGBL tem diferenças com relação a tributação. No VGBL o imposto de renda acaba tributando apenas os juros, ou seja, sobre o rendimento dos valores, inclusive esta é a opção mais escolhida por aqueles que optam por uma previdência privada. Já no PGBL o imposto de renda incide sobre o montante total na hora do resgate. Mas no segundo caso é possível abater até 12% da renda anual desde que faça a declaração completa dos aportes.

Normalmente a PGBL é indicada por seu contador, já o VGBL é sempre indicado pelo banco responsável pela aplicação.

Durante a contratação será necessário escolher o tipo de regime tributário:

  • Progressivo. Nele 15% do valor é retido na fonte, chegando em até 27,5% de acordo com as taxas de tributação atuais;
  • Regressivo. Neste a % varia entre 35 a 10%, diminuindo a taxação conforme o período em que o dinheiro está aplicado. Quanto mais anos o valor aplicado, menor será o recolhimento do IR.

Vale a pena investir meu dinheiro em Previdência Privada?

Quando o assunto é investimento os brasileiros estão cada vez mais atentos e se preocupando com o futuro. E a previdência privada está em primeiro lugar na mente do trabalhador, quando o assunto é aposentadoria.

Mas segundo economistas, agentes financeiros e outros especialistas do mercado, tanto a VGBL quanto a PGBL não são as melhores opções financeiras para fazer uma reserva pro futuro. A taxação acaba sendo alta e o rendimento não é tudo aquilo que se espera.

Porém eles mesmos citam que apesar de existirem outras opções financeiras mais interessantes, só o fato de estar poupando através da previdência privada, já é melhor do que não economizar nada mensalmente ou se preocupar tarde demais com os investimentos.

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Mas quais são os investimentos indicados para uma boa aposentadoria?

Especialistas citam que o resultado dos valores no fim de 30 anos não serão nunca melhores do que aplicações em Tesouro Direto, LCD, LCI e outros títulos privados. Poucos fundos de renda fixa oferecem porcentagens atrativas a longo prazo em relação a estes outros tipos de aplicações.

Além do rendimento menor, também há uma taxa de aporte e taxa de administração, que “comem” anualmente parte dos seus valores aplicados.

[alert color=”red”]Mas novamente: “Melhor aplicar em previdência privada, do que não guardar nada”.[/alert]

Exemplo prático:

Você está pretendendo investir R$ 200 por mês, em 12 meses você irá acumular R$ 2400 (sem calcular os juros). Em uma conta bem básica, sem levar em consideração diversos fatores, ao investir em um fundo de previdência (CDI) esse valor perderia 5% de aporte todos os meses, totalizando um déficit de R$ 120. O mesmo valor no Tesouro Selic, no final do período você terá os R$ 2400 integrais + os juros, ou seja, um ganho só em taxas de R$ 120.

Além dos 5% de aporte, há também mais 2% (porcentagem mais comum praticada) da taxa de administração, cobrada sobre o valor total, ou seja, mais R$ 48 de desconto. Só neste exemplo você irá perder R$ 168, só de aplicar o seu dinheiro lá.

Como a maioria das aplicações deste tipo chegam em cerca de 80% do CDI, podemos calcular uma rentabilidade de:

  • R$ 2.444 para um investimento de R$ 2.400 em um ano de Previdência Privada;
  • Contra R$ 2.540 para um ano de R$ 2.400 aplicado em Tesouro Direto.

Mas o X da questão de que muitos optam pela previdência privada está diretamente relacionado com o falecimento do titular. Ao contrário do Tesouro Direto e outras aplicações, a previdência privada é classificada como seguro de vida e isso faz com que os valores não precisem ser taxados juntamente com a herança, pois não entram no inventário.

Esta pode ser uma ótima opção de transmissão de patrimônio sem que hajam taxações mais altas.

O melhor investimento para quem não tem disciplina financeira

Normalmente o cidadão sem disciplina financeira acaba optando pela Previdência Privada na hora de poupar. Ao fechar a contratação através do banco ou corretora, o valor acaba se tornando uma despesa, onde é normalmente debitado de forma automática, onde “SEM” você perceber, está guardando os valores e cuidando do seu futuro.

No Tesouro Direto e outras aplicações é preciso aplicar os valores e isso pode ser uma dificuldade para quem não sabe administrar o dinheiro recebido mensalmente. Afinal, “Dinheiro na mão é vendaval”.

Quais são as principais diferenças entre Previdência do INSS e Previdência Privada?

As diferenças entre as duas são muitas, a começar que na Privada você pode retirar o seu dinheiro em qualquer momento, mesmo que isso não traga vantagens, além é claro da retirada integral do valor aplicado, mais os juros durante todo o período em que estiver aplicado.

Já na Pública, conhecida como Previdência Social, você tem limite de contribuição, os valores não podem ser retirados enquanto você não viver o mínimo suficiente e se enquadrar nas regras de aposentadoria e os valores só poderão ser pagos de forma mensal, uma quantia de acordo com os valores de sua contribuição que são bem limitados.

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Apesar da Previdência Privada ser mais atrativa do que a Previdência Pública (Social), em muitos casos ambas são interessantes de se ter. Isso porque como trabalhador da CLT, a empresa recolhe os valores “obrigatoriamente” todos os meses, mas a questão não é nem a aposentadoria, são os direitos que a previdência do INSS concede assim que você passa a fazer parte do sistema. Hoje o INSS concede a seus afiliados:

  • Auxílio doença;
  • Auxílio reclusão;
  • Auxílio acidente;
  • Salário família;
  • Pensão por morte;
  • Salário maternidade;
  • Aposentadoria por idade;
  • Aposentadoria por tempo de contribuição;
  • Aposentadoria por invalidez;
  • E aposentadorias especiais.

Estes e outros benefícios não estão presentes na Previdência Privada, caso atinja a idade mínima ou venha a sofrer um acidente, de doenças ou qualquer outro “imprevisto” durante os anos de contribuição.

A Previdência Privada pode ser levada em consideração como um complemento para a Previdência Pública. Mesmo com a votação da Reforma da Previdência aprovada, ela ainda terá as suas vantagens para os contribuintes mensais.

Esteja precavido quanto ao seu futuro, tenha renda vindo do governo e de organizações privadas.

[alert color=”green”]Sempre que possível, diversifique seus investimentos.[/alert]

Taxas e encargos da Previdência Privada

Uma das grandes desvantagens da Previdência Privada é com relação as taxas e encargos. Quem quiser se aventurar neste tipo de investimento tem que estar preparado para as seguintes taxações:

  • Taxa de administração;
  • Imposto de renda;
  • E Taxa de carregamento.

Taxa de administração: Em média esta taxa está em 2%, porém ela pode variar, pois se trata de um valor cobrado para que o seu dinheiro seja “bem” aplicado, e a porcentagem varia conforme o que a responsável por fazer essa movimentação achar justa. Ela é cobrada anualmente e pode influenciar muito no seu rendimento final.

“Ahhh mais é só 2% por ano. 2% de 1 milhão é R$ 20 mil…”

Imposto de renda: Praticamente todos os investimentos estão sujeitos ao imposto de renda na hora da retirada, onde os valores acabam retidos na fonte. Esta é uma tributação que só não está presente em aplicações como a LCI, LCA e Fundos de Investimentos Imobiliários, porém até estes devem ser declarados.

Então quanto a esse, em todas as aplicações é preciso levá-lo em consideração.

Taxa de carregamento: A taxa de carregamento é o que pode “estragar” os seus resultados. Essa taxa é descontada mensalmente e ela se torna mais alta sempre que o aporte, ou seja, a contribuição é mais baixa e mais simples.

Mas com a modernização do mercado financeiro e com a ampla concorrência com os bancos de varejo, muitas instituições a fim de “atrair” os clientes para investirem o seu dinheiro com ela, acabam oferecendo taxas de carregamento bem atrativas e algumas mais “ousadas” acabam incluindo até uma isenção desta taxa.

[alert color=”red”]Se você conseguir uma que é isenta, sempre avalie as outras condições, pois como o ditado popular nos ensina: “Quando a esmola é demais, até o santo desconfia.”[/alert]

Quais são os riscos de uma Previdência Privada?

Todo investimento conta com riscos. O principal risco da Previdência Privada é com relação a liquidez dos valores já aplicados. Diferente da Previdência Pública, nela você pode retirar o seu valor a qualquer momento, mas ele sempre sofrerá fortíssimos descontos quando feitos antes da hora.

Como essa aplicação é para a sua velhice, a forma de garantia dos bancos e corretoras com relação a saída dos valores em caixa, é inserir uma tributação alta caso precise dos valores para uma emergência.

Outro risco apesar de ser raro, é caso o banco ou corretora falir. Investimentos de renda fixa contam com um “seguro” de até R$ 250 mil caso ocorra o fechamento da responsável pelos valores. Já a Previdência Privada não conta com esta garantia. Caso o banco ou corretora venha a falir, você vai precisar entrar com uma ação e aguardar todo o fim do trâmite para receber o seu valor (se receber :P, to brincando).

Outro risco menos comum mas que pode acontecer é com relação a rentabilidade. As taxas podem variar e os seus planos podem não sair conforme espera.

Invisto em Previdência Privada pelo Banco ou por Corretora? Como Fazer?

Você poderá fazer a sua Previdência Privada em bancos ou corretoras. Na corretora você conta dezenas de opções, o que possibilita o investimento em um produto melhor, com maior rentabilidade e com taxas administrativas menores. Já o banco comercializa os seus próprios produtos, ou seja, você acaba se limitando a poucas opções e que normalmente não são tão atrativas.

A recomendação é que a contratação de um plano de previdência privada seja feito através de uma corretora. Mas antes de ir até a instituição ou realizar a contratação online, avalie se é uma organização devidamente cadastrada, atrelada ao Mercado Financeiro e órgão responsáveis pela fiscalização.

Pesquise muito bem antes de confiar o seu dinheiro a alguém, principalmente se tratando de uma aplicação mensal e a longo prazo. Pode ser que na hora em que precisar do seu dinheiro recolhido a vida toda, ela acabe te deixando na “mão”.

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Qual a documentação necessária para fazer uma previdência privada?

Independente do Banco ou Corretora, para fazer a sua previdência privada é preciso estar munido da seguinte documentação:

  • Comprovante de renda (holerite);
  • RG;
  • CPF;
  • Agência e conta bancária (se for o caso);
  • Comprovante de endereço atualizado (no máximo dois meses);
  • Todos documentos originais.

Primeiro será aberta a sua conta no banco ou corretora. Depois o gerente/funcionário responsável irá avaliar a sua situação financeira e seus documentos e se tudo estiver ok, será iniciado a apresentação das opções de “investimentos” disponíveis no mercado.

Não tenha pressa em ler todas as “entrelinhas”, afinal é um investimento para a vida toda. Avalie taxas, qual o mínimo de investimento mensal, tire suas dúvidas e sempre questione antes de assinar algo.

Então após todos os detalhes estarem acertados, os valores serão debitados automaticamente de sua conta. Caso não haja saldo ou você não pague os valores estará sujeito as regras pré estabelecidas em contrato.

Como é feito o resgate da Previdência Privada?

Você poderá fazer o resgate do valor total de uma previdência privada, desde que chegue até o final do contrato, da seguinte maneira:

  • Recebimento do montante total em uma única parcela;
  • Recebimento do montante total em um determinado número de parcelas mensais, pré estabelecidas;
  • Ou através de uma renda mensal vitalícia. Neste caso os valores são sempre menores, mas há a vantagem de ser uma aposentadoria até o fim da vida.

Tanto bancos como corretoras entendem que a sua intenção com uma Previdência Privada é a aposentadoria. Por isso normalmente em contrato está definido que o recebimento dos valores aplicados, desde que cheguem no final do contrato, é através de uma renda mensal vitalícia.

Você precisa estar atento aos prazos pré estabelecidos em contrato para o resgate. Em muitos casos quando o resgate é feito de forma antecipada, os valores além da tributação estabelecida em contrato, podem sofrer uma incidência de 35% do imposto de renda, ou seja, você poderá receber menos dinheiro do que o aplicado.

[alert color=”yellow”]Recomendamos que sempre tire suas dúvidas com profissionais da área financeira antes de iniciar qualquer aplicação. O que pode ser vantajoso agora, no futuro pode não ser muito atrativo.[/alert]

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Como Fazer ADM

Como Fazer ADM

Vencer sem lutar, é como triunfar sem glória.